Journal_path
Revista
Revista Brasileira de Geociências
Volume
Número
Ano
Data da Publicação
01-03-2004
Palavras-chave
Anticlinal de Mariana | Geotermometria | Inclusões fluidas | Mineralização aurífera
Title (English)
THE ANTÔNIO PEREIRA GOLD DEPOSIT IRON QUADRANGLE: PT CONDITIONS AND THE NATURE OF MINERALIZING FLUIDS
Abstract (English)
The Antonio Pereira gold deposit occurs along the tectonic contact between the Gandarela and Cauê formations (Paleoproterozoic Minas Supergroup) in the northeastern flank of the Mariana Anticline. The gold-bearing quartz-dolomite-arsenopyrite veins are located in P and T fractures of a non-coaxial deformation system. Interstratal slip and boudinage played an important role in vein emplacement during sin-kinematic to distentional deformation. Gold occurs as veinlets, inclusions and filling interstitial spaces in arsenopyrite. Hydrothermal alteration is restricted to the vein vicinity, and was responsible for the crystallization of chlorite, quartz, sulfides (arsenopyrite) and tourmaline in the host rocks. Ore-vein chlorite and carbonate were used as geothermometers, and indicated an average value of 319±45°C, interpreted as the stabilization temperature of the hydrothermal paragenesis and, consequently, of the fluid precipitation. Fluid inclusion microthermometric studies revealed an inhomogeneous aquo-carbonic fluid with low to moderate salinity, and XCO2 between 0,44 and 0,99. Traces of N2, and H2S have been identified in the gas phase. Isochores calculated for the hydrothermal system indicate pressure values compatible with crustal depth shallower than 10 km. The heterogeneity of fluid inclusion suggests that gold precipitation was induced by fluid mixture, during which high XCO2, and low-salinity metamorphic fluids interacted with subordinate low XCO2 and moderate-salinity magmatic fluids. Similarities in mineralogy, gold / gangue mineral chemistry and ore vein geometry allow a genetic correlation between the Antonio Pereira and Passagem de Mariana gold deposits.
Keywords (English)
Fluid inclusion | Geothermometry | Gold mineralization | Marine anticline
Páginas
117-126
Título
O DEPÓSITO AURÍFERO DE ANTÔNIO PEREIRA QUADRILÁTERO FERRÍFERO: CONDIÇÕES PT E NATUREZA DOS FLUIDOS MINERALIZADORES
Descrição
O depósito de Antônio Pereira integra o contexto geológico do distrito aurífero de Mariana, o qual inclui ainda outros importantes depósitos auríferos que se distribuem ao longo do traço NW do anticlinal de Mariana, na porção central do Quadrilátero Ferrífero. Os depósitos encontram-se hospedados preferencialmente na interface estrutural (zona de cisalhamento Fundão-Cambotas) que envolvem as unidades Gandarela, Cauê (Supergrupo Minas) e Nova Lima (greenstone belt Rio das Velhas). Os veios quartzo-carbonáticos auríferos ocorrem em fraturas P e T de um sistema deformativo não-coaxial, que se associam a extensões controladas por processos de deslizamento interestratal normal e boudinagem das encaixantes dolomíticas. Estes veios exibem alteração hidrotermal localizada, diagnosticada principalmente por cloritização, silicificação, turmalinização e sulfetação das encaixantes. O ouro ocorre como inclusões e/ou em espaços intragranulares na arsenopirita. Estudos microtermométricos de inclusões fluidas indicam que os fluidos trapeados durante a formação dos veios auríferos são áquo-carbônicos heterogêneos, com médias de XCO2, entre 0,44 e 0,99, tendo contribuições de traços de N2, e H2S na fase gasosa, com valores baixos a moderados de salinidade. Isócoras calculadas para o sistema hidrotermal forneceram valores de pressão compatíveis com profundidades crustais <10km. A heterogeneidade do grau de preenchimento das inclusões fluidas é indicativa de um processo de precipitação supostamente por mistura de fluidos, envolvente fluidos metamórficos, com XCO2elevada e baixa salinidade, e fluidos magmáticos (subordinados), tendo XCO2, mais baixo e salinidade moderada. Geotermômetros de clorita e carbonatos destes mesmos veios auríferos mostram que a temperatura de estabilização da paragênese hidrotermal e, por consequência, de precipitação do fluido mineralizador ocorreu por volta de 3 19±45°C. Semelhanças em termos de mineralogia, composição química do ouro, alteração hidrotermal das encaixantes e geometria de veios auríferos, permitem uma correlação genética entre as depósitos auríferos de Antônio Pereira e Passagem de Mariana.
Autores
ROGÉRIO RIBEIRO-KWITKO | CLAUDINEI GOUVEIA DE OLIVEIRA