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11294-13826-1-CE
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Revista
Revista Brasileira de Geociências
Volume
Número
Ano
Data da Publicação
01-03-1996
Palavras-chave
Complexos e núcleos metamórficos | Convergência e colisão continental | Estruturas de interferência | Modelos geodinâmicos | Tectônica distensiva e compressiva
Title (English)
LARGESCALE COMPRESSIONAL AND EXTENSIONAL STRUCTURES: THE NORTHERN APPENNINE EXAMPLE ITALY
Abstract (English)
In the Northern Apennines, the tectonic window of the Apuanes Alps provides an exceptionally clear exposure of the interference geometry between the structures of the Tertiary collisional tectonics and the following extensional phase. Collisional tectonics began in the Upper Oligocene, extension in the Miocene, and both occur at mid-crustal levels. The collisional phase is characterised by sin-metamorphic foliation, the axial plane schistosity of non-cylindrical folds, often sheath-shaped. A widespread stretching lineation is also present, trending NE-SW; the tectonic transport is directed towards NE. . In the lower levels of the Apuan Metamorphic Complex extension began in metamorphic conditions with extensional shear bands. Location of these features is controlled by the structure realised in the previous collisional phase, whose structures and structural elements were refolded in a km-scale antiform. Two types of folds are associated with extensional shear bands: a) "passive simple shear folds", originated in correspondence of attitude and dip variation of bedding and foliation, inherited by the compressive phase and amplified in the late simple shear bands up to overturned folds; b) "transfer folds", originated by stress oriented parallel to the deformed levels at the tip zones of detachment horizons. This types of folds occur at the mesoscopic as well as at kilometric scale; examples of both are described in this work.
Keywords (English)
Convergence and collision | Distensive and compressive tectonism | Geodinamic models | Interference structures | Metamorphic complex
Páginas
13-24
Título
INTERFERÊNCIA EM LARGA ESCALA ENTRE ESTRUTURAS COMPRESSIVAS E DISTENSIVAS: EXEMPLO DO APPENNINO SETENTRIONAL ITÁLIA
Descrição
A superposição de processos tectônicos extensionais sobre estruturas compressionais tem sido descrita com certa freqüência em cinturões orogênicos, mais raramente no Brasil, e a geometria final destas estruturas superpostas, em geral, apresenta elevada complexidade. Na parte norte dos Appenninos (Itália), a janela tectônica dos Alpes Apuane (Núcleo Metamórfico dos Alpes Apuane), fornece uma exposição excepcionalmente clara de estruturas de interferência entre tectônica compressiva oligocênica, associada à colisão da Placa Adriática com a Placa Ibérica, e a subsequente tectônica distensiva miocênica, associada à abertura do mar Tirreno setentrional. A fase colisional é caracterizada por uma xistosidâde plano-axial, associada a dobras não cilíndricas, freqüentemente em forma de bainha. Lineações de estiramento bem desenvolvidas se fazem presente, direcionadas para NE-SW, com sentido de transporte para nordeste. Nos níveis inferiores do Complexo Metamórfico dos Alpes Apuane, a extensão se deu em condições metamórfícas, associada a zonas de cisalhamento. O posicionamento dessas zonas é controlado por estruturas formadas na fase colisional antecedente, redobradas agora, em escala quilométrica. Dois tipos de dobras ocorrem associados às zonas de cisalhamento extensionais: a) dobras passivas, originadas por cisalhamento simples, nucleadas a partir das heterogeneidades do acamamento e foliação, herdadas da fase compressiva, e gradativamente amplificadas nas zonas de cisalhamento tardias, até a inversão de flancos, e b) dobras originadas por esforços orientados paralelamente aos níveis deformados, associadas a terminações de horizontes de descolamento. Esses dois tipos de dobras ocorrem tanto em escala mesoscópica como à escala quilométrica; exemplos de ambos são descritos no presente trabalho.
Autores
LUIGI CARMIGNANI | ALBERTO PIO FIORI | PAULO CESAR SOARES