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11067-13390-1-CE
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Revista
Revista Brasileira de Geociências
Volume
Número
Ano
Data da Publicação
01-09-1999
Palavras-chave
Bacia do Paraná | Devoniano | Formação Furnas | Icnofósseis | paleocorrentes | Sedimentologia
Title (English)
FACIES TRACE FOSSILS PALEOCURRENTS AND DEPOSITIONAL SYSTEMS OF THE FURNAS FORMATION SOUTHEAST PARANÁ BASIN
Abstract (English)
The origin of the psamitic Late Silurian(?) to Early Devonian Furnas Formation is a matter of controversy. Although body fossils hás never been found yet, trace fossils are present throughout the unit. In order to interpret its depositional paleoenvironment, a study was carried out at the southeastern outcrop belt of Devonian sequence of the Paraná basin. Based on different fácies associations the Furnas Formation is herein subdivided into three units. The lower unit is made up of sandstones and conglomerates deposited in large alluvial-coastal plains. An westward paleoslope with source-area at east and an approximate north-south paleoshoreline were deduced from paleocurrent data. The fine to coarse-grained, cross-bedded sandstones of the middle unit are arranged in cosets separated by shale beds. Rusophycus and Cruziana trace fossils support a marine origin for the middle unit. Paleoflow toward southwest are oriented obliquely with respect to the shoreline and probably had been produced by tidal currents. The cross-bedded coarse-grained sandstones of the upper unit, bearing bimodal to polimodal paleocurrents patterns, are interpreted as subaqueous sandwave and dune deposits formed by tidal currents. Winnowed pebble lags are common at the top of cosets being considered product of tidal currents enhanced by storm waves. The type-section is located in the Guartelá canyon (lapó river), where the Furnas Formation is 250 m thick. The three units are recognized in well logs and can be used in regional stratigraphic correlation.
Keywords (English)
Devonian | Furnas Formation | Icnofossils | Paleocurrents | Parana Basin | Sedimentology
Páginas
357-370
Título
FÁCIES ICNOFÓSSEIS PALEOCORRENTES E SISTEMAS DEPOSICIONAIS DA FORMAÇÃO FURNAS NO FLANCO SUDESTE DA BACIA DO PARANÁ
Descrição
A origem da Formação Furnas (Neo-Siluriano?/Eodevoniano) é assunto controverso. Com o objetivo de interpretar o paleoambiente deposicional, foi realizada análise de fácies na faixa aflorante no flanco sudeste da bacia do Paraná, onde a Formação Furnas foi subdividida em três unidades, caracterizadas por associações faciológicas distintas. A unidade inferior é constituída por arenitos e conglomerados depositados em extensas planícies aluviais costeiras. Paleocorrentes deduzidas das camadas frontais dos estratos cruzados permitiram deduzir paleomergulho deposicional para oeste, área-fonte a leste e paleolinha de costa aproximadamente norte-sul. A unidade média é constituída por camadas de arenitos com estratificação cruzada separadas por níveis pelíticos, sob os quais é comum a existência de icnofósseis. A presença dos icnogêneros Rusophycus e Cruziana, traços fósseis que em unidades eo- a mesopaleozóicas são atribuídos à atividade de trilobitas, corrobora a interpretação de origem marinha para estes arenitos. Paleocorrentes dirigidas para sudoeste são consideradas produto da migração de barras por correntes de maré obliquas à linha de costa. A unidade superior caracteriza-se pela presença de depósitos residuais de seixos, delgados e extensos, que ocorrem como pavimentos separando cosets de arenito com estratificação cruzada, cujas paleocorrentes apresentam grande dispersão de dados e padrões bimodais a polimodais. Os depósitos residuais foram produzidos pelo joeiramento dos sedimentos do fundo com o aumento da amplitude das ondas durante tempestades, numa plataforma arenosa rasa dominada por correntes de maré. A seção-tipo das três unidades é a do canyon do Guartelá (rio lapó), onde foi levantado um perfil estratigráfico vertical da Formação Furnas com cerca de 250 m de espessura. As três unidades foram reconhecidas em perfis de poços no oeste do Estado do Paraná, evidenciando que a subdivisão proposta tem expressão regional.
Autores
MÁRIO LUÍS ASSINE