-
9264-10928-1-CE
Journal_path
Revista
Revista Brasileira de Geociências
Volume
Número
Ano
Data da Publicação
01-09-2007
Palavras-chave
arenito | Carste subjacente | Dolina | Formação Aquidauana | Formação Furnas | Pseudocarste
Title (English)
Dolines in Paraná Basin sandstones: evidence of subjacent karst conditions in Jardim MS and Ponta Grossa PR
Abstract (English)
In the Paraná Basin, dolines in sandstones occur in the Aquidauana Formation in Jardim (MS) and in the Furnas Formation in Ponta Grossa (PR). In the Ponta Grossa region, the retreat of arenitic rocks is marked by the Furnas Formation Escarpment, whereas in Jardim there is no associated escarpment. The dolines of the Jardim are generally extensive and shallow, and those of the Ponta Grossa deep and scarped. In Ponta Grossa, the dolines have had their origin associated, in most studies, with the subsurface erosion of sandstones, due to the presence of ruiniform relief features, the proximity of escarpments and the mistaken absence of carbonatic rocks in the basement of the basin. The Jardim and Ponta Grossa dolines are collapse phenomena generated by a piping process, brought about by the development of a subjacent karst system, at depth, in a phreatic environment, in the carbonatic basement rocks. The role of subjacent karst in doline formation in sandstones is demonstrated by: 1) rather than being distributed along all the arenitic units of the Paraná Basin, dolines are restricted to only those locations with carbonatic rocks in the basement structures of the basin; 2) ruiniform relief features are surface structures originating from erosive or weathering processes in sandstones and can be attributed to pseudokarst, having no direct relationship with the dolines, which even when present at the surface, represent points of injection of meteoric water, connected at depth to the karst system; 3) besides being evidence of structural control in the sandstones, the alignment of surface features shows the direction of karst conduits at depth. The Vila Velha Depression, described for the first time in this study, which includes the dolines in the Ponta Grossa region, is a reflection of the piping process brought about by the subjacent karst. In the exposed karst area typical features are not very frequent or evident, due to dolomitic composition, and the dolines are more evident in sandstones than the actual carbonate rocks. However, in Jardim, the gradual geomorphological transition between sandstones and carbonate rocks makes the subjacent karst more visible, which exposed the karst features, in a different manner to the Ponta Grossa region, where the karst is encountered at a distance from the dolines and at greater depth.
Keywords (English)
Aquidauana Formation | Doline | Furnas Formation | Pseudokarst | sandstone | Subjacent karst
Páginas
551-564
Título
Dolinas em arenitos da Bacia do Paraná: evidências de carste subjacente em Jardim MS e Ponta Grossa PR
Descrição
Dolinas em arenitos ocorrem na Formação Aquidauana em Jardim (MS) e na Formação Furnas em Ponta Grossa (PR), Bacia do Paraná. Na região Ponta Grossa o recuo das rochas areníticas é marcado pela Escarpa da Formação Furnas, enquanto em Jardim não há escarpa associada. As dolinas de Jardim são geralmente amplas e rasas, e as de Ponta Grossa profundas e escarpadas. Em Ponta Grossa as dolinas, tiveram sua origem vinculada, na maioria dos estudos, à erosão subterrânea nos arenitos, devido à presença de feições de relevo ruiniforme, proximidade de escarpas e ausência equivocada de rochas carbonáticas no embasamento da bacia. As dolinas de Jardim e Ponta Grossa são fenômenos de colapso geradas por processo de piping, ocasionado pelo desenvolvimento de um sistema cárstico subjacente, profundo, em ambiente freático, nas rochas carbonáticas do embasamento. O papel do carste subjacente na formação de dolinas em arenito é demonstrado por: 1) as dolinas não estão distribuídas ao longo de todas as unidades areníticas da Bacia do Paraná, mas pelo contrário, são restritas apenas em localidades com rochas carbonáticas no embasamento da bacia; 2) feições de relevo ruiniforme são formas superficiais de origem erosiva ou intempérica nos arenitos e podem ser atribuídas a pseudocarste, não tendo relação direta com as dolinas, que mesmo estando na superfície, representam pontos de injeção de água meteórica, conectado em profundidade ao sistema cárstico; 3) o alinhamento de feições de superfície, além de demonstrar o controle estrutural nos arenitos, expressa direção de condutos cársticos em profundidade. A Depressão de Vila Velha, descrita pela primeira vez neste estudo, abrange todas as dolinas da região de Ponta Grossa, é reflexo do processo de piping devido ao carste subjacente. Na área de carste exposto feições típicas não são muito freqüentes ou evidentes, devido à composição dolomítica, e as dolinas, são mais evidentes nos arenitos do que nos próprios carbonatos. Porém, em Jardim, a transição geomorfológica gradual entre arenitos e carbonatos torna mais visível o carste subjacente, expondo as feições cársticas, diferentemente da região de Ponta Grossa onde o carste encontra-se distante das dolinas e em maior profundidade
Autores
William Sallun Filho | Ivo Karmann