-
11233-13703-1-CE
Journal_path
Revista
Revista Brasileira de Geociências
Volume
Número
Ano
Data da Publicação
01-09-1998
Palavras-chave
Elementos estruturais | Mineralização aurífera | Veios de quartzo | Zonas de cizalhamento
Title (English)
THE STRUCTURAL CONTROL OF THE GOLD DEPOSITS OF THE FAZENDA MARIA PRETA GOLD DISTRICT AT RIO ITAPICURU GREENSTONE BELT NORTHEASTERN BRAZIL
Abstract (English)
The Fazenda Maria Preta gold district comprises a group of individual shear-zone-hosted gold deposits located in the northern part of the Rio Itapicuru greenstone belt (RIGB), northeast Brazil. The deposits are limited to the Maria Preta unit, which is represented by rocks of andesitic composition with some interlayered pyroclastic and sedimentary rock lenses, and some dacitic and dioritic bodies, metamorphosed to the greenschist facies. The deformation in the area is characterised by a well developed NS-trending foliation dipping around 60°W, with an associated stretching lineation shallowly plunging predominantly towards the north. The zones where this foliation is more intensively developed (lithologic contacts) were defined as shear zones (SZ-I to IV). In relation to the tectonic setting of the RIGB these zones correspond to 2nd order shear zones, parallel to the NS striking Main Shear Zone. In these zones, the main structural fabrics observed were mylonitic foliation and stretching lineation. These elements define a sinistral strike-slip deformation generated by a dominant non-coaxial simple shear component, within ductile-brittle to brittle-ductile domains, with minor oblique-reverse transpressive or oblique-normal transtensive motions. The analysis of the kinematic indicators determine an oblate finite strain ellipsoid and weak to moderate tectonic deformation. The mineralized quartz veins, hosted in the shear zones, are mainly shear-type veins parallel to the mylonitic foliation, and minor extensional veins. The oreshoots present a tabular geometry, which constitute the primary control of the mineralization. A secondary control is the stretching lineation, which reorients the original tabular oreshoots parallel or perpendicular to its plunge. The quartz veins are generally massive or brecciated, and textures of open space filling are rare, indicating that the fractures jacked apart abruptly due to high fluid pressure. The field relations and the internal deformation features of the veins indicate that they were formed or emplaced at different stages during the deformation event. The model of emplacement of the veins proposed for the area, is analogous to the fault-valve model of Sibson et al. (1988).
Keywords (English)
Gold mineralization | Quartz veins | Shear zones | Structural elements
Páginas
367-376
Título
O CONTROLE ESTRUTURAL DOS DEPÓSITOS DE OURO DO DISTRITO AURÍFERO DE FAZENDA MARIA PRETA GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU NORDESTE DO BRASIL
Descrição
O Distrito Aurífero de Fazenda Maria Preta compreende um grupo de depósitos individuais encaixados em zonas de cizalhamento, localizados na parte norte do greenstone belt Rio Itapicuru (GBRI), no nordeste do Brasil. Os depósitos estão inseridos na unidade Maria Preta, que corresponde a rochas de composição andesítica com intercalações piroclásticas e de rochas sedimentares e alguns corpos dacíticos e dioríticos, sendo o conjunto metamorfizado no fácies xisto verde. A deformação na área está caracterizada por uma bem desenvolvida foliação NS, mergulhando em torno 60°W, com lineações de estiramento de baixo mergulho predominantemente para norte. As zonas onde essa foliação é mais intensamente desenvolvida (contatos litológicos) foram definidas como zonas de cisalhamento (ZS-I to IV). Em relação ao ambiente tectônico do GBRI, essas zonas correspondem a zonas de cizalhamento de 2* ordem, paralelas à Zona Principal de Cizalhamento. Nessas zonas, os principais elementos estruturais observados foram foliações miloní- ticas e lineações de estiramento. Esses elementos definem uma deformação transcorrente sinistrai gerada por uma componente de cisalhamento simples dominantemente não-coaxial, em domínios dúctil-frágeis à frágil-dúcteis, com movimentos subordinados oblíquo-reversos ou oblíquonormais. A análise dos indicadores cinemáticos determina um elipsóide de deformação finito oblato e deformação tectônica frágil a moderada. Os veios de quartzo mineralizados, encaixados nas zonas de cizalhamento, correspondem principalmente a veios de cizalhamento paralelos à foliação milonítica e, subordinamente, veios em extensão. Os corpos de minério apresentam uma geometria tabular, que constitui o controle primário da mineralização. O controle secundário é dado pela lineação de estiramento, a qual reorienta os corpos de minérios tabulares paralelamente ou perpendicularmente ao seu plunge. Os veios de quartzo são geralmente maciços ou brechados e texturas de preenchimento de espaços vazios são raras, indicando que as fraturas se separaram abruptamente devido a altas pressões de fluido. As relações de campo e as feições de deformação interna dos veios indicam que os mesmos foram formados ou encaixados em diferentes estágios durante o evento deformacional. O modelo de formação dos veios proposto para a área é análogo ao modelo fault-valve de Sibson et al. (1988).
Autores
CARLOS EDUARDO SILVA COELHO | FLÁVIO HENRIQUE FREITAS SILVA