CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DE ROCHAS ANFIBOLÍTICAS E METAMÁFICAS ASSOCIADAS ÀS FAIXAS METAMÓRFICAS AMPARO E ITAPIRA NA REGIÃO NORDESTE DE SÃO PAULO
Resumo
Ocorrências de rochas metamáficas, metaultramáficas e anfibolitos são comuns em toda a região por onde se distribuem os metamorfitos dos complexos Amparo e Itapira. Estudo regional sobre essas ocorrências é apresentado para uma área compreendida entre as cidades de Socorro e Amparo, ao sul, e entre Monte Sião e Itapira, ao norte. Dados de campo e petrográficos indicam que essas rochas podem ser reunidas em quatro agrupamentos representados por hornblenda xisto, anfibolito, ortopiroxênio anfibolito e metaultramáfica, sendo este último interpretado como cumulato pelas feições texturais e concentração de olivina e ortopiroxênio. Dados geológicos, petrográficos e litogeoquímicos evidenciam uma derivação magmática para as amostras estudadas, com material pretérito de composição subalcalina e toleítica, podendo ser classificadas como basalto subalcalino, andesi basalto e picro basalto ou picrito. Os teores de MgO permitem a subdivisão em dois grupos: baixo magnésio (MBM), com teores de MgO entre 6,30 e 8,41% e alto magnésio (MAM), com teores desse óxido entre 12,31 e 28,8 1%. A amostra que contem 28,81% de MgO é a metaultramáfica que está sendo interpretada como cumulato e que apresenta altos teores de Cr e Ni. As amostras do agrupamento MAM parecem definir trends de diferenciação magmática o que não se confirma em um teste de cristalização fracionada. Além disso, as fortes anomalias de Ce, que elas exibem, podem relacionar-se a processos envolvendo a crosta continental, quer na geração do protolito a partir do manto ou então na fase de intrusão. Também os diagramas multielemento deixam transparecer que em algum momento essas rochas parecem ter sido afetadas pala crosta continental, quer na etapa referente à fonte mantélica quer na etapa de intrusão, sendo exemplos disso as anomalias de Sr, K, Rb e Ba. Os efeitos do metamorfismo também são evidenciados quando se observam padrões de distribuição aleatórios para as amostras do agrupamento MBM em diagramas multielemento. Por fim, a análise desses diagramas revela uma assinatura E-MORB, para a metamáfica e o anfibolito, com características mais primitivas para a metaultramáfica (cumulato).
Palavras-chave
Texto completo:
PDFApontamentos
- Não há apontamentos.