REINTERPRETAÇÃO DO COMPLEXO INTRUSIVO LAVRAS DO SUL, RS, DE ACORDO COM OS SISTEMAS VULCANO-PLUTÔNICOS DE SUBSIDÊNSIA. PARTE 2: QUÍMICA MINERAL, GEOQUÍMICA E ISÓTOPOS DE PB-SR-ND
Resumo
O complexo intrusivo Lavras do Sul-CILS, RS, congrega intrusões pós-colisionais associadas a rochas básico-intermediárias derivadas de dois segmentos do manto litosférico. Todas estas rochas exibem a assinatura da subducção com anomalias negativas de Nb. Minetes, que ocorrem como diques, são rochas alcalinas potássicas contendo olivina (F091-86), Cr-diopsídio e Ti-flogopita rica em Ba, cuja composição química evidencia pouca modificação em processos crustais. Estas rochas são ricas em ETRL, LILE e HFSE, e exibem razões isotópicas mais radiogênicas, de modo que são derivadas do manto rico em elementos incompatíveis, modificado em eventos prévios de subducção. É possível concluir que os minetes registram a mudança para regime extensional ocorrida durante o final dos eventos ígneos no CILS. As demais são rochas mais diferenciadas de filiação shoshonítica, que incluem lavas traquiandesíticas. O monzodiorito Arroio do Jacques (MAJ), e espessartitos subordinados. Estas contêm augita como principal máfico, e exibem razões isotópicas e conteúdo de elementos traços variáveis. Derivaram de cunha do manto produzida durante o Neoproterozóico, porém com maior participação de processos de diferenciação em sistema aberto. O MAJ, que exibe valores intermediários de elementos traços e razões isotópicas, envolveu também a interação com o magma minete. Os dois grupos de granitoides do CILS derivaram de magmas parentais análogos. A maioria tem filiação shoshonítica, e inclui monzonito Tapera do norte e os granitos do núcleo a sul (granodiorito e granitos híbridos). Contrastes nas profundidades de colocação destes, reveladas pelo geobarômetro do Alt, no anfibólio, sugerem mais de um ciclo de subsidência-ressurgência. Os granitos do núcleo foram formados durante a ressurgência (4-2 kbar) em evento próximo a 600 Ma. São classificados como granitos do tipo I de baixa temperatura, e tiveram importante contribuição crustal. Os termos alcalinos (sienogranito e pertita granito) ocorrem em corpos semicirculares periféricos e foram posicionados, em níveis rasos (menor ou igual a 2 kbar), em pulsos sucessivos entre 598 a 586 Ma, tendo afetado a borda das fácies do núcleo. Estes também envolveram a interação dos dois magmas parentais, porém com maior participação daquele de natureza alcalina.
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