Exumação tectônica e reativação de paleolineamentos no Arco de Ponta Grossa: termocronologia por traços de fissão em apatitas
Resumo
A Plataforma Sulamericana na região sudeste brasileira, particularmente na região do Arco de Ponta Grossa, possui inúmeras descontinuidades de diversas naturezas que denotam reativações rúpteis em nível crustal raso, das quais destacam-se diques básicos, falhas e fraturas, originadas e/ou reativadas em diversos pulsos tectônicos que perduraram desde o Cretáceo Superior até o limite Paleógeno - Neógeno, associado a falhamento normal causando basculamento de blocos. Idades de traços de fissão em apatitas (obtidas em amostras coletadas em rochas da bacia do Paraná, diques básicos, embasamento cristalino e rochas alcalinas do Arco de Ponta Grossa) em associação a evidências geológicas, permitiram a reconstrução de uma história de resfriamento a partir de aproximadamente 60 Ma, no eixo central do Arco de Ponta Grossa. Movimentos tectônicos transtensionais ocorridos entre o Paleógeno e Neógeno foram os principais responsáveis pela reativação de zonas de cisalhamento pretéritas e consequente formação do segmento sul das bacias que compõem o Rifte Continental do Sudeste Brasileiro, representado na área de estudo pela bacia de Curitiba, grábens de Guaraqueçaba, Sete Barras e Cananéia; e as formações Pariquera-Açu e Alexandra. No limite Paleógeno - Neógeno, a atuação e associação de eventos transtensionais ligados ao rearranjo estrutural da Plataforma Sulamericana deformaram as seções sedimentares das bacias rifte.
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