Diagênese, contexto deposicional e história de soterramento da Formação Rio Bonito, Bacia do Paraná
Resumo
A análise de subsidência e processos diagenéticos que atuaram sobre os arenitos da Formação Rio Bonito foram realizados com base em poços selecionados na Bacia do Paraná. Entre os principais constituintes eodiagenéticos destaca-se a ocorrência de pirita, calcita, siderita e caolinita, os quais apresentam variação na quantidade e distribuição, de acordo com as fácies deposicionais, limites de paraseqüências e tratos de sistemas. Os principais produtos relacionados à mesodiagênese foram anquerita, clorita, crescimentos sintaxiais de quartzo e illita. A correlação entre o controle da distribuição dos constituintes mesodiagenéticos e as seqüências deposicionais nem sempre pode ser estabelecido. Porém a cimentação por quartzo nesse estágio, pode ser influenciada pela distribuição das alterações eodiagenéticas em arenitos constituídos essencialmente por quartzo, com pouca influência de cimentação carbonática. Nos poços analisados a profundidade máxima de soterramento da Formação Rio Bonito foi de aproximadamente 4000m, que corresponde à temperatura próxima a 120ºC. Estas condições implicam em modificações mesodiagenéticas, tais como compactação química, reações de transformação de argilominerais e cimentação de quartzo. Com a modelagem da história de soterramento, considerando a idade, seleção e profundidade, os resultados obtidos evidenciam que a porosidade na profundidade de 3.000m de soterramento situa-se em torno de 20%. Por outro lado observa-se grande variação na porosidade de acordo com as fácies deposicionais. Em geral, a compactação foi mais importante que a cimentação, na redução da porosidade porém, a cimentação eodiagenética foi um fator positivo na preservação do arcabouço dos arenitos.
Texto completo:
PDFApontamentos
- Não há apontamentos.