Basaltos pós-colisionais da Formação Acampamento Velho, Bacia do Camaquã, Terreno São Gabriel, sul do Brasil

Luiz Alberto Vedana, Ruy Paulo Philipp, Carlos Augusto Sommer

Resumo


As rochas vulcânicas básicas da região da Palma, porção sul do Terreno São Gabriel, foram interpretadas como se tivessem sido geradas durante o período de subducção ativa da orogenia São Gabriel (Criogeniano). Esse terreno formou-se como resultado do fechamento do Oceano Charrua, entre 900–680 Ma. Os basaltos possuem foliação ígnea sub-horizontal e textura porfirítica, com fenocristais de plagioclásio em matriz fina compostos de plagioclásio, augita e magnetita, a qual é comumente alterada para actinolita, clorita e epidoto. As rochas apresentam amígdalas e venulações refletindo uma fase hidrotermal pervasiva e são afetadas por metamorfismo termal relacionado à intrusão do granito Jaguari. Duas amostras foram datadas pelo método geocronológico U-Pb em zircão e revelaram idades de cristalização de 563±2 Ma e 573±6  Ma. Os  basaltos possuem composição transicional toleítica a calcioalcalina, característica metaluminosa, padrão de elementos traços enriquecidos em elementos litófilos de raio iônico grande (LILE) com anomalias negativas de Nb, P e Ti, leve enriquecimento em elementos terras raras pesados (LREE) e padrão horizontal de elementos terras raras leves (HREE). Os dados permitem interpretar os basaltos como pertencentes à Formação Acampamento Velho da Bacia do Camaquã e relacionados aos basaltos dos platôs Ramada e Taquarembó. Essas associações representam a evolução final do vulcanismo gerado no período pós-colisional do Cinturão Dom Feliciano.

Palavras-chave


Cinturão Dom Feliciano; Terreno São Gabriel; Bacia do Camaquã; Formação Acampamento Velho; Basaltos; Ediacarano.

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DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2317-4889201720170019

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