MONTMORILONOIDES EM UM SILTITO DO GLACIAL NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS

J. E. DE PAIVA NETO, ALCYR C. NASCIMENTO

Resumo


No presente trabalho são apresentados os resultados de um estudo feito em um siltito do Glacial, que aflora em grande massa no município de Campinas, e cujas amostras estudadas foram nos arredores da cidade de Campinas. O material em apreço, embora à primeira vista tivesse o aspecto de um arenito fino, de cor roséo-amarelo, apresentava fraturas conchoidais circulares, indicando tratar-se de um síltito, que em mistura com componentes mineralógicos mais grossos devia conter outros mais finos de intensas propriedades coloidais. Por tratamento sucessivos com água destilada foram obtidas duas frações mais grossas, atingindo cerca de 85% da massa total, constituída de partículas de diâmetro de 0,02 a 0,002 mm, portanto uma típica fração “silte” e outra mais fina perfazendo cerca de 15% da massa total, constituída da partículas de diâmetros menores do que dois microns, isto é, uma verdadeira fração argila. Nessa separação foi observada a Lei de Stokes. No material integral, na fração “silte”, e na fração argila, foram feitas respectivamente, análises químicas (total e racionais), determinações de análise térmica-diferencial, determinações de troca de cátions e determinações de pH. Pelos dados analíticos poude-se concluir que a fração “silte”, isto é, a fração mais grossa é constituída essencialmente de quartzo se a fração argila, isto é, a fração mais fina presente no siltito é constituída de minerais de argila do grupo dos montmorilonoides, minerais de argila do grupo da caulinita e provavelmente de minerais de argila do grupo da ilita.


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